sábado, 24 de abril de 2010

EU NÃO SOU BATMAN! Ou Jou Ventania é plágio?


Bom, uma das coisas que mais me acusam, é que eu teria copiado o Batman para criar o Jou

Ventania.

Mas, será isso mesmo? Quando uma cópia é só uma cópia? Quando algo é criado por

inspiração à outra?

Analisemos.

O gênero dos super-heróis provavelmente foi inspirado nos heróis da mitologia grega, já que nela

temos três arquétipos; deus (todo-poderoso), semi-deus (menos poderoso) e o homem (falho).

Nos quadrinhos, além de termos a temática das proezas físicas e fantásticas providas da

mitologia já citada, também temos três arquétipos; Super-Homem (o herói tradicional),

Homem-Aranha (um herói jovial) e Batman (sombrio).

Repare que de certa forma essa divisão lembra da usada nas histórias gregas.
Super-Homem (deus), Homem-Aranha (semi-deus) e Batman (homem).

Ou seja, quando você cria um super-herói, ele fatalmente cai numa categoria dessas.
Se for um herói clássico, ele vai lembrar o Super-Homem em algo, um moleque vai lembrar o

Aranha e por assim vai.

Vamos pegar esses ícones principais, e analisar algo. Eles foram criados do nada?

Homem-Aranha teve influencias de um pulp dos anos 40 chamado Spider, o Super-Homem do

Hercules e da paranóia de alienígenas que rondavam os anos 30.

E o Batman? Nem se fala.

A gente já sabia que ele tinha sido inspirado num filme mudo chamado THE BAT (sobre um

criminoso que tem roupa de morcego, cinto de utilidade e bat-sinal), no Zorro (a roupa escura,

dupla identidade com um cara rico, andou pelo mundo, caverna como QG), e agora descobrimos

isso:


http://www.interney.net/blogs/melhoresdomundo/2008/09/22/batima_quase_70_anos_de_chupac

ao/#more24488

Para mim e para os fãs em geral, isso não diminui o Batman, mas se Bob Kane fosse brasileiro

ele seria humilhado e chamado das piores coisas e Batman seria totalmente desmerecido sem

mesmo lançar uma HQ!!!!

Lembrando que até o Coringa é a cara do personagem do filme mudo “O Homem que Ri”.

O que faz Batman não ser só uma cópia é que apesar de ser tão baseado, ele se tornou um

personagem maior.

Mas, se fosse um herói brasileiro, não lhe dariam nem a chance.

O Jou Ventania não foi criado no modelo Batman, ele era um garoto de boné e capa em 1989,

quando nasceu, em 1992 ele ganhou a capa e a mascara passou a agir na noite.

Ou seja; ele era um tipo “Homem-Aranha” e virou um tipo “Batman”.

Fisicamente o Jou Ventania não é parecido com Batman.

Bruce Wayne é um sujeito enorme de queixo quadrado, Augusto Oliveira tem estatura mediana e

um queixo mais fino.

Não existe motivo para existir um Jou Ventania se ele for um Batman sem orelhas.
Em Jou Ventania, o herói é mais no limite que o Batman. O importante é você ter em mente que

ele não está nos E.U.A. , a cultura é diferente. Aqui o Capitão Nascimento é um herói.

Ou seja, Jou Ventania não tem o falso moralismo que Batman é obrigado a ter, por imposição da

cultura ianque. Claro, Jou Ventania não é um Spawn, um carniceiro, ele não sai matando seus

vilões, até para não perder boas histórias. Mas, ele pode ultrapassar certas barreiras que

Batman não pode.

Jou Ventania não precisa se sacrificar pela vida de um criminoso, nem deixa-lo totalmente

inteiro. E muito menos andar com um moleque de cueca verde e com uma menina com uma

roupa baseada na sua.

Que Batman influenciou o Jou Ventania definitivo que todos conheceram, é fato, assim como ele

teve influencia de Wolverine e Spawn e outras mídias como o cinema e a TV. Algo que é normal,

até na criação dos arquétipos principais do gênero (como já citei acima).


Fora que as origens de Jou Ventania, apesar dele ser um sujeito com treinamento físico, devido

trabalho no exercito brasileiro, vem de fontes sobrenaturais, ele tem uma força física maior que

um humano comum e um fator de regeneração, ele não é rico.

Ele só se veste de preto e sai a noite como o Batman. Não contém suas emoções como o

morcego. Bom, o Guerreiro Negro não é o Cavaleiro das Trevas.

Mas, se mesmo assim, você não acha isso. Tudo bem. Porque quadrinhos, assim como outras

artes é interpretativo, você pode ver uma tela de Van Gogh e achar um borrão e via um cara e

pagar milhões. Se você já tem os arquétipos na cabeça sempre que vir um novo personagem,

você naturalmente vai associá-lo a um já existente de alguma forma.

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